Luiz Antônio Duarte Ferreira, o “Cai Cai”, é empresário e investidor no futebol
Por Luiz Antônio Duarte Ferreira, o “Cai Cai
Ex-gestor do Marília vê como única solução é o clube se transformar SAF
Entre julho e dezembro deste ano o Marília Atlético Clube (MAC) passará por eleição presidencial para o próximo mandato de quatro anos (2025-2028). Na tarde desta terça-feira (dia 23), no programa Esporte Show, da TV Canal 4, o empresário e investidor no futebol, Luiz Antônio Duarte Ferreira, o “Cai Cai”, descartou qualquer possibilidade de voltar ao comando, como aconteceu entre 2001 e 2007.
“Eu não tenho intenção no momento, nenhuma em voltar ao clube. Acho que a minha trajetória já passou e graças a Deus fui muito feliz na Marília. Fico lisonjeado quando falam no meu nome para voltar ao clube, mas as coisas no futebol mudaram bastante do período em que eu estive no MAC. No entanto, estou sempre para ajudar, para dar ideias, para tentar formular um projeto melhor para o Marília, estou sempre à disposição”, declarou Cai Cai.
SAF é a solução
Luiz Antônio Duarte Ferreira vê como única solução para o Marília e para outros clubes do interior, a migração para o modelo Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
“Eu sei que tem muita gente contrária ao futebol-empresa, a SAF. Eu acho que o futebol hoje está muito difícil e você não pode retroceder. Tem que se atualizar nos moldes que estão sendo feitas as administrações que estão dando certo. Eu acho que o Marília, independente de nome, deveria se tornar uma SAF, porque você vai estagnar a parte tributária, o débito e começar do zero. Claro que você vai ter a responsabilidade de pagar as dívidas, mas ao longo do tempo. É uma maneira também de responsabilizar quem está gerindo o clube, pois ele se torna o responsável por tudo”, opinou.
O ex-gestor do Marília disse também que a SAF é uma maneira do torcedor participar ativamente da vida do clube. “Qualquer torcedor do Marília poderá se associar à SAF e ter as cotas de participação. Se o clube em algum momento tiver lucro, a pessoa vai fazer parte disso. Caso dê prejuízo, também a pessoa terá que participar disso. É uma empresa e toda a empresa tem seu risco. No meu ponto de vista essa seria uma solução muito boa para a Marília. Não dá mais para tocar um clube de futebol da maneira que está”, avisou.
“Eu não vejo outra solução a não ser uma situação dessa (se tornar SAF), porque é o caminho natural que o futebol está seguindo, no mundo inteiro. Caso contrário vai ficar patinando e mesmo sendo SAF é difícil também”, finalizou Cai Cai. No período em que foi o gestor do Marília, o empresário tirou o time do Paulista A-3 em 2001 e o colocou na elite em 2003, com o título da Série A-2 em 2002. Também em 2003 subiu o MAC para o Brasileiro da Série B e por duas ocasiões esteve perto do acesso à elite nacional em 2003 e 2007.